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Medicamentos no autismo: para quê servem?

  • Foto do escritor: Liliam Cristina da Cruz Alves
    Liliam Cristina da Cruz Alves
  • 19 de jun. de 2023
  • 1 min de leitura

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A tarefa de integrar as abordagens biológica e psicanalítica é um desafio a ser conduzido pelo analista, juntamente com a família e com a criança em tratamento, visto que é necessário desenvolver abordagens mais harmônicas, combinando a abordagem psicanalítica e os recursos medicamentosos, quando indicados.


A indicação de psicofármacos deve ser feita por especialistas que tenham hábito no manejo clínico do medicamento (dose, indicação e avaliação do custo-benefício). Assim, quando se deve indicar a avaliação para uso de psicofármacos diante de sintomas que interferem na qualidade de vida, tais como comportamentos disruptivos, irritabilidade, impulsividade, agitação, auto e heteroagressividade, destrutividade, prejuízos funcionais, prejuízos nas atividades de vida diária (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2019).


Na presença de sintomas que prejudiquem a funcionalidade diária da criança e que repercutam na escola, na família e no próprio tratamento, o psicanalista deve encaminhar o paciente com autismo para avaliação da demanda de tratamento psicofarmacológico, a fim de controlar sintomas associados ao quadro, quando estes interferem negativamente na sua qualidade de vida. Merecem atenção também as comorbidades: ansiedade, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), epilepsia e transtornos do sono (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2019). No entanto é importante lembrar que algumas manifestações clínicas são formas de resposta do autista e não necessariamente representam aquilo que, em Medicina, nomeamos comorbidades.


Entre os psicofármacos mais utilizados estão a risperidona (um antipsicótico atípico, bloqueador serotonérgico e dopaminérgico), a olanzapina, a quetiapina, a ziprasidona, a clozapina e o aripiprazol.


Em suma: o ato de medicar uma criança autista pode ser parceiro do tratamento analítico, a ser avaliado no caso a caso.

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Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?

 
 
 

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