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Depressão como comorbidade no autismo

  • Foto do escritor: Liliam Cristina da Cruz Alves
    Liliam Cristina da Cruz Alves
  • 20 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

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A depressão pode ser comum em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, principalmente naquelas que têm um autismo nível 1 de suporte e sentem dificuldades de interações sociais. Os sintomas da depressão incluem humor alterado, tristeza profunda, falta de sono e apetite, irritabilidade e perda de motivação.


Atualmente estou deprimida e em tratamento. Não é fácil porque inicialmente parece que não está adiantando nada. A reação do organismo aos medicamentos pode demorar entre 3 a 4 semanas para começar e enquanto isso a terapia tenta dar conta do quadro e a gente tem que fazer a nossa parte, o que é bem difícil.


O meu primeiro diagnóstico depressivo foi em 2008 e após 5 anos eu consegui uma melhora de quase zerar os sintomas. Por um bom tempo até não precisei tomar remédios.


Em 2020 tudo infelizmente recomeçou, a diferença é que agora já sei o que fazer, então retomei o tratamento com medicação nova e mais recentemente já atualizada à luz do autismo.


Apesar do primeiro diagnóstico ter sido em 2008 eu me lembro, agora reconhecendo os sinais, de na adolescência e infância ter sentido sintomas idênticos e por algum tempo ficar bem disfuncional.


A sensação de apatia é o pior. Nada faz sentido, vale a pena ou desperta emoções. É um branco total no sentir.


De algum modo consigo me manter consciente durante o processo e mesmo com as baixas e crises eu sigo atenta e fazendo todo o possível para obter a melhora.


Muitas vezes nos encontramos em encruzilhadas e decisões difíceis que vão nos ajudar tem que ser tomadas para não colapsarmos.


Não é fraqueza. Não é frescura. Não é tristeza. Não é falta de fé. A depressão é perigosa e retira a vontade de viver. Só com muita luta, força, coragem, tratamento e apoio conseguimos sair dela.

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