Autismo e Burnout: quando a exaustão toma conta
- Liliam Cristina da Cruz Alves
- 30 de jun. de 2023
- 1 min de leitura

Muito se comenta sobre o chamado "Burnout Autista". Alguns profissionais adotam esta nomenclatura, outros entendem que como a depressão e a ansiedade, o Burnout também é uma comorbidade e não faz parte dos sintomas do espectro autista.
O Burnout é uma das experiências mais incapacitantes que já passei. Na minha vivência identifiquei o burnout duas vezes e todas as duas me custaram preços altos e perdas irremediáveis. Na primeira vez fui afastada do trabalho por depressão pelo INSS e não consegui finalizar uma segunda graduação já no sexto semestre. Na segunda vez o burnout me obrigou a deixar um trabalho que tinha um papel importante no orçamento doméstico.
O Burnout é um estado de exaustão física e mental, como se uma pessoa tivesse passado muito tempo funcionando em um ritmo extremamente acelerado e exigente de trabalho, estudos ou em casa, sem se dar conta.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), a classifica como “doença do trabalho” enquanto o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais) o define como uma síndrome ocupacional.
A recente pesquisa do Academic Autism Spectrum Partnership in Research and Education, nos Estados Unidos, incluem o termo a ciência. Uma das coautoras do estudo, a Dra. Dora Raymaker, diz: “O burnout autista é uma questão antiga, subestimada e urgente.”
A definição é de que o Burnout autista é uma síndrome que surge quando o estresse crônico e uma discrepância entre expectativa e capacidade não encontram apoio. Os sinais são percebidos quando existe esgotamento, perda de habilidades já conquistadas e menor tolerância a estímulos sensoriais.
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Fonte: canalautismo.com.br
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