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Autismo e Ansiedade

  • Foto do escritor: Liliam Cristina da Cruz Alves
    Liliam Cristina da Cruz Alves
  • 20 de jun. de 2023
  • 1 min de leitura

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Desde que me lembro sou ansiosa. Eu não sabia o que era. Eu achava que era medrosa e tímida e lutava contra isso agindo com o extremo oposto. Eu me expunha às situações que me causavam ansiedade acreditando que de alguma forma eu iria "pegar o jeito" e tudo iria melhorar. O que eu não sabia era que esse "pegar o jeito" era o masking que é quando camuflamos as nossas características para encaixar em um contexto social obrigatório ou necessário para a nossa vida.


Ansiedade não é só estar impaciente ou preocupada por algo. O Transtorno de Ansiedade é um distúrbio de saúde mental caracterizado por sentimentos de preocupação, ansiedade ou medo que são fortes o bastante para interferir nas atividades diárias.


Exemplos de transtornos de ansiedade incluem ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático.


É comum a pessoa alternar entre quadros de ansiedade e quadros de depressão, pois uma condição pode gerar a outra.


Os transtornos ansiosos são condições crônicas. Se não forem tratados, a tendência é que se agravem com o passar do tempo. Os sintomas que, no início do quadro, quase não incomodam ou mal são notados pela pessoa e pelos familiares, passam a incapacitar.


Como pessoa autista hoje eu compreendo que a minha ansiedade deriva principalmente de uma inadequação social que sempre senti. A dificuldade extrema de comunicação, os comportamentos que copiei e a falta de compreensão de como funciona a sociedade me trouxeram um nível de ansiedade que me traz muita exaustão e até sintomas físicos persistentes. É algo solitário e dolorido.

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